terça-feira, 2 de junho de 2009

Confirmado! Zezé di Camargo e Luciano em Tejuçuoca!

Está confirmado!
Zezé di Camargo e Luciano vão estar no Quarto Festival de Quadrilhas de Tejuçuoca - dias 25,26 e 27 de Junho!
O encerramento será com Zezé di Camargo e Luciano no Parque Joãozão!
Dia 27 de Junho - A partir das 22:00 horas!
Entrada Gratuita!
Realização da Prefeitura Municipal de Tejuçuoca com recursos do Ministério do Turismo.
Guto Mota Produções sempre nos grandes eventos de Tejuçuoca!
Confira a agenda oficial no site:

segunda-feira, 1 de junho de 2009

XXV Congresso Estadual dos Vereadores do Ceará


Vereadores de boa parte dos municípios do Ceará estiveram reunidos, em Fortaleza, para debater a crise econômica mundial e o impacto da diminuição do repasse do Fundo de Participação dos municípios (FPM) nas cidades do Estado. Esse foi o tema da palestra inaugural do XXV Congresso Estadual dos Vereadores do Ceará, proferida pelo deputado federal Ciro Gomes (PSB). Na abertura dos trabalhos a União dos Vereadores do Ceará (UVC) procedeu a entrega do prêmio Américo Barreira, que homenageia personalidades ligadas ao municipalismo.
Várias autoridades das três esferas de Poder no Brasil prestigiaram o evento dos parlamentares municipais, dentre elas o ministro Cesar Asfor Rocha, presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), um dos homenageados do dia; o vice-governador do Estado, Francisco Pinheiro; o presidente da Assembléia Legislativa do Ceará, deputado Domingos Filho; o presidente do Tribunal de Justiça do Ceará, Ernani Barreira Porto; o conselheiro Ernesto Sabóia; Deputado Federal Eunicio Oliveira, além de vários deputados federais.
O presidente da UVC, vereador Deuzinho Filho (PMN), ressaltou, na intervenção inicial, que os vereadores são os membros do parlamento que estão mais próximos da realidade das pessoas e por isso acabam tendo que exercer um papel que perpassa os limites da atuação legislativa. ´Nós somos reconhecidos mais pela atuação social, do que pela atividade legislativa´, destacou.

Participação dos Vereadores de Tejuçuoca
Estiveram representando a Câmara Municipal de Tejuçuoca:

Presidente - Valmar Bernardo

Vice-Presidente Guto Mota

Vereadores Mota Filho, Dedé Brasileiro e João Matos.

Fonte: Diário do Nordeste

Maiores Informações: http://www.uvc.org.br

Familia Mota

O meu avô, Sr. João da Silva Mota, chegou no Retiro(Distrito de Tejuçuoca) no ano de 1930., só saindo após sua morte. Foram mais de 50 anos oferecendo serviços dedicados a comunidade e como chefe político, mostrou liderança a toda prova, pois em várias disputas eleitorais, era decisiva sua força nos resultados finais. Na trajetória de vida de João da Silva Mota destacamos dentre outras ações:
Preocupado com a educação das crianças e jovens, hospedou sem nenhuma remuneração, várias professoras. Construiu, por conta própria, um prédio onde funcionou a Escola até a chegada do grupo escolar financiado pelo estado, mas edificado em terras cedidas por Seu João Estevão, como era conhecido. Como não havia na região profissionais de saúde, era procurado pelos habitantes aplicando injeções, aplicando soro-antiofídico (reserva própria) e fazendo consultas a médicos em Fortaleza. Na época também não tinha PSF e os médicos de sua família prestaram e ainda prestam assistência médica competente, responsável e gratuita a população. Destacam-se:
Dra. Rita Mota (Filha), Dr. Ivan Moura Fé (Genro), Dr. Moreira (Genro Falecido), Dra. Jaqueline Mota (Neta), Dr. Carlos Renato (Neto), Dr. Daniel Mota (Neto) ,Dra. Mariana Mota (Neta) e Dona Zoraida (Filha de Criação).
Foi eleito vereador de Itapajé, mais renunciou em favor de seu suplente em 1934. Sua família cresceu e muitos de seus filhos e netos assumiram mandatos na área política:
•Francisco Silva Mota – Chico Mota (Filho) foi Vereador de Itapajé.
•José da Silva Mota – Zé Estevão (Filho) foi Vereador de Itapajé.
•Roque Silva Mota – Roque (Filho) foi Prefeito de Itapajé, concluindo seu mandato com morte trágica no ano de 1972.
•Josefa Silva Mota – Zezinha (Filha) foi Vereadora de Itaitinga.
•João da Silva Mota Filho – João Mota (Filho) foi Vereador de Itapajé e foi Prefeito de Tejuçuoca por 03(três) mandatos.
•Zélia Mota (Nora) foi Deputada Estadual, sendo na época a primeira mulher do Ceará a assumir tal função.
•Neusa Mota (Nora) foi Vereadora de Itapajé.
•Vanilda Mota (Nora) foi Vereadora de Apuiarés e de Tejuçuoca.
•José Rubens Mota – Zé Rubens (Neto) foi Vereador de Tejuçuoca e Prefeito de Tejuçuoca.
•Jorge Silva Mota Filho – Mota Filho (Neto) é Vereador de Tejuçuoca exercendo seu quinto mandato.
•Francisco Haroldo Fonseca Mota – Haroldo Mota (Neto) foi Vereador de Tejuçuoca e atualmente é Vereador de Itapajé.
•Zélia Mota (Neta) foi Vereadora de Tejuçuoca.
•Iracema Mota (Neta) foi Vereadora de Itaitinga.
•Sergio Góis Moura (Neto de Criação) foi Vereador de Tejuçuoca.
•João Augusto Goes Mota – Guto Mota (Neto) é Vereador de Tejuçuoca.
•Francisco Haroldo Fonseca Mota Filho – Haroldo Filho (Bisneto) foi Vereador de Tejuçuoca.
A vida do Sr. João da Silva Mota – João Estevam foi recheada de liderança política e fundamentada nos valores humanos e de Deus.

Políticos de Tejuçuoca

Prefeitos e Presidentes da Câmara de Tejuçuoca
Tejuçuoca tem 21 anos de emancipação política, vem despontando como município que cresce e se destaca por administrações participativas, sempre na linha do desenvolvimento sustentável.

Todos os Prefeitos do Município de Tejuçuoca desde sua fundação:
1989-1992 - João da Silva Mota Filho (João Mota) – Primeiro Prefeito
1993-1996 - José Rubens Dutra Mota (Zé Rubens) - Segundo Prefeito
1997-2000 - João da Silva Mota Filho (João Mota) – Terceiro Prefeito
2001-2004 - João da Silva Mota Filho (João Mota) – Quarto Prefeito - Reeleição
2004-2008 - Edilardo Eufrásio da Cruz (Edilardo) – Quinto Prefeito
2009-2012 - Edilardo Eufrásio da Cruz (Edilardo) – Sexto Prefeito - Reeleição

Todos os Presidentes de Câmara Municipal de Tejuçuoca desde sua fundação:
1989-1990 – Dimas Bastos Forte (Dimas Forte)
1991-1992 – José Rubens Dutra Mota (Zé Rubens)
1993-1994 – João Mota Matos (João Matos)
1995-1996 – Jorge Silva Mota Filho (Mota Filho)
1997-1998 – Francisco Haroldo Fonseca Mota (Haroldo Mota)
1999-2000 – Edilardo Eufrásio da Cruz (Edilardo)
2001-2002 – Edilardo Eufrásio da Cruz (Edilardo)
2003-2004 – Jorge Silva Mota Filho (Mota Filho)
2005-2006 – Joaquim Coelho Neto (Coelho Neto)
2007-2008 – Antonio Ferreira de Brito (Antunino)
2009-2010 – Francisco Valmar Mota Bernardo (Valmar)

Livro: Histórias de Sucesso - SEBRAE

Escrito por Carlos Viana Freire Júnior, analista do SEBRAE/CE.


O município de Tejuçuoca, situado na região norte do Estado do Ceará, a 144 Km da Capital Fortaleza, possui uma extensão de 801 km2. Seu nome origina-se do tupi e significa lugar onde residem os teiús (lagartos) grandes, animais habitantes das terras indígenas. O município emancipou-se em 1988. Desde então, tem apresentado dificuldades para gerar alternativas de ocupação e renda à população, a maioria de baixa renda. A desarticulação dos produtores e a falta de profissionalismo do setor mantinha o município com poucas perspectivas de se desenvolver economicamente. Prejudicada por morar em uma das regiões mais secas do País, a maioria das famílias vivia da agricultura de subsistência, sobretudo do cultivo de milho e feijão. Até 1990, o algodão era uma cultura relevante que ainda contribuía para a economia, quando, então, passou a sofrer uma grande queda na produção em razão da praga do bicudo, desestimulando muitos produtores. Mesmo possuindo belezas naturais, entre elas uma visitada caverna denominada Furna dos Ossos, conhecida pelas suas inscrições rupestres, a cidade não estava organizada para aproveitar as oportunidades relacionadas ao turismo. Isso também se aplicava aos demais setores produtivos, inclusive a agricultura e a pecuária, predominantemente de subsistência. Nas propriedades rurais, os poucos ruminantes que existiam eram considerados animais de criação, destinados à alimentação dos moradores e, ocasionalmente, para venda na feira livre para a compra de medicamento ou alimento no pequeno comércio local. Como a maioria dos municípios brasileiros, mais notadamente os da Região Nordeste, Tejuçuoca sempre se caracterizou pela grande dependência dos recursos públicos para garantir os salários de sua população, que eram ainda complementados com os recursos de aposentadoria do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Essa característica se ressaltava mais ainda pela dependência de seu município-mãe, Itapajé, o que desafiava Tejuçuoca a trilhar caminhos próprios. Mesmo tendo conquistado sua emancipação, continuava dependente economicamente de seu município de origem, pois não possuía bancos, posto do INSS e comércio estruturado. A população recebia seus rendimentos em Itapajé, que possuía estrutura de comércio e absorvia grande parte das compras locais. Um dos moradores que se destacou foi João da Silva Mota Filho. De família tradicional do Vale do Curu, ele nasceu na localidade de Caxitoré, antes Distrito de Itapajé. Com o falecimento de seu pai, precisou voltar a Tejuçuoca para assumir os negócios da família. João Mota começou a trilhar o caminho da política em 1985, concorrendo ao cargo de vereador em Itapajé, quando começou a trabalhar para a emancipação de Tejuçuoca, alcançada ao final de 1987. Foi eleito prefeito, tendo exercido três mandatos, dois deles consecutivos. Em 1994, João tomou conhecimento do estudo do Banco do Nordeste do Brasil (BNB) e do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) sobre alternativas para o semi-árido, com destaque para a pecuária de pequenos ruminantes. No início de seu segundo mandato, em 1997, ele firmou um propósito de redirecionar os caminhos do município de Tejuçuoca. A ausência de atividades produtivas que pudessem reduzir a dependência dos recursos públicos e promover socialmente o município levou João Mota a trabalhar na elaboração de um projeto de desenvolvimento sustentável.

"O grande salto de Tejuçuoca foi a população acreditar na liderança, acreditar em mim".
João da Silva Mota Filho, ex-prefeito de Tejuçuoca

Ainda não se sabia exatamente o que fazer para iniciar o trabalho, pois, além das belezas naturais e da vontade da população em desenvolver atividades produtivas, não se percebiam grandes oportunidades para o de desenvolvimento local. Era clara a necessidade de geração de novas alternativas de trabalho para a população. Porém os recursos eram escassos no município, emancipado havia pouco mais de dez anos.
O SEGREDO DA CAVERNA
A região do Vale do Curu há alguns anos já vinha trabalhando no fortalecimento da integração dos municípios do território. Em novembro de 2000, numa das reuniões regionais, ocorrida em Itapajé, João Mota chamou a atenção de representantes das instituições presentes, mais diretamente o Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Ceará (Sebrae/CE), para o potencial turístico de Tejuçuoca. Naquela oportunidade foi agendada uma primeira visita técnica ao município com o objetivo inicial de conhecer seu potencial turístico, mais precisamente o conjunto de cavernas da Furna dos Ossos. João Mota percebia que as belezas naturais poderiam atrair a atenção para o município, mas não iriam resolver todo o problema. Também sabia que vivendo no semi-árido seus conterrâneos deveriam buscar alternativas para essa realidade.
A GALINHA QUE SALVOU O BODE
Como desenvolver outras oportunidades para uma população predominantemente rural, com fortes raízes na agropecuária de subsistência? Buscando caminhos para solucionar essa situação, João Mota acabou decidindo, juntamente com sua equipe de governo, elaborar um plano de desenvolvimento sustentável, priorizando a criação de infra-estrutura para que Tejuçuoca pudesse desencadear seu processo de crescimento e desenvolvimento como possibilidade de investimento em quatro anos. Em junho de 2001, reuniram-se todos os setores da comunidade para avaliarem as potencialidades que poderiam gerar ocupação e melhores condições de vida para a população, até então com poucas perspectivas de negócio. Elaborado o Plano de Desenvolvimento Sustentável, o poder público municipal tinha como próximo desafio consolidar parcerias que viabilizassem sua execução, considerando primordialmente a promoção do desenvolvimento local e adotando como vetores a estruturação da política de turismo, a revitalização do artesanato local e a retomada da criação de pequenos animais, especialmente a ovinocaprinocultura. O poder público e a sociedade civil tinham pela frente um longo caminho a percorrer rumo ao crescimento de Tejuçuoca. Para a execução do plano, importantes parcerias foram firmadas. Uma delas, com o Sebrae/CE, garantiu a capacitação de todos os segmentos contemplados no plano, por meio de cursos como Liderar, Líder Cidadão e Saber Empreender. Outras entidades que se envolveram no trabalho foram o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural do Ceará (Senar/CE) e a Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Ceará (FAEC), parceiras nas ações de organização e capacitação dos produtores no meio rural. Outros cursos para micro e pequenos empreendedores e grupos de produção foram desenvolvidos, como: formação de guias turísticos, confecção de brinquedos em madeira, culinária regional e hotelaria, além da assessoria para a instalação de um projeto direcionado à hospedagem domiciliar. Dessa iniciativa surgiu a implantação de uma pousada na localidade de Retiro, Distrito de Caxitoré. Ela oferecia excelente infra-estrutura para atender a turistas ou grupos de profissionais que procuravam espaços para eventos e encontros de confraternização, ou ainda famílias. Faltava ainda engajar um último segmento produtivo, também de grande importância para a economia local: os criadores de animais de pequeno e médio porte, com destaque para os ovinocaprinocultores. O primeiro passo deu-se com a reestruturação da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Rural, por meio da contratação de técnicos agrícolas, veterinário e agrônomos e a formalização de uma parceria com a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Ceará (Ematerce) para garantir a manutenção de ações direcionadas a atender aos produtores e criadores rurais. A parceria com o Sebrae/CE e a Ematerce permitiu ainda a capacitação dos profissionais, criadores e produtores, a fim de facilitar o acesso ao crédito e a execução dos projetos acompanhados pela secretaria. Com a vinda da Universidade Solidária (Unisol), a partir de janeiro de 2001, concretizaram-se a visibilidade das ações e a criação de uma identidade entre as políticas públicas, o município de Tejuçuoca e a cultura local. Uma logomarca foi criada na forma de um brasão, lembrando dois bodes de perfil. Uma das principais ações previstas para o desenvolvimento da ovinocaprinocultura foi a realização de um evento anual que mobilizasse a comunidade e atraísse a atenção da região e até do Estado. Surgiu, assim, a idéia de uma feira/festa de ovinos e caprinos como estratégia de divulgação de Tejuçuoca e de desenvolvimento local. O nome deveria causar grande impacto. Pensou-se em Tejubode, híbrido do nome do município com bode, animal característico das regiões do semi-árido e considerado símbolo da cidade. A partir daí surgiu o Projeto Tejubode. O Projeto seria mais que uma feira ou festa, seria uma idéia para captar recursos e novas parcerias a fim de concretizar o Plano de Desenvolvimento Sustentável do município. Importante ressaltar que, embora o projeto da feira contemplasse indiretamente a toda a população local, o Tejubode voltava-se diretamente aos produtores e criadores rurais, artesãos e pequenos comerciantes de Tejuçuoca, perfazendo 70% da população economicamente ativa. O grande desafio foi desenvolver na comunidade uma cultura de profissionalismo na criação de caprinos e ovinos, bem como tornar a ovinocaprinocultura uma alternativa viável de geração de renda no meio rural, inserindo outros segmentos da cadeia produtiva. Idealizada em meados de 2001, a primeira edição do Projeto Tejubode ocorreu em abril de 2002 e deu origem a uma grande feira que mobilizou a população de Tejuçuoca e atraiu visitantes de toda a região e do Estado do Ceará. Com a motivação da comunidade e o esforço da equipe de trabalho, a feira foi realizada no centro da cidade, onde foi montado, de forma rústica, um grande curral improvisado. A comunidade transformou em realidade o desejo coletivo de marcar aquela festa no coração de seus visitantes. Lotada, a pequena Tejuçuoca teve dificuldades em garantir hospedagem e alimentação aos turistas. Na primeira edição o índice de visitação ficou acima da expectativa. Esperava-se que 4 mil pessoas fossem ao evento, mas, já no primeiro dia, esse número chegou a 5 mil. A feira atraiu, ao todo, 10 mil visitantes. Logo no primeiro dia foram consumidos todos os animais abatidos para o evento de três dias e a solução foi oferecer aos visitantes outras iguarias tão deliciosas quanto tradicionais como a galinha caipira, prato típico da região.
SAUDAÇÕES "BODÍSTICAS"
Aprendendo com a experiência da Tejubode, o município começou a avaliar as fragilidades que deveriam ser superadas para fortalecer a iniciativa. Com o sucesso da feira, a população motivou-se a apostar na ovinocaprinocultura, buscando investir na atividade. João Mota foi um dos primeiros a inserir em suas propriedades produtores e matrizes voltados à produção de leite. O então secretário municipal de Agricultura, Haroldo Mota, foi outro que adquiriu animais. Vários produtores de Tejuçuoca começaram a trabalhar de forma mais profissional. Após a Tejubode, João Mota encontrou-se com o então prefeito da cidade de Cabaceiras (PB) durante a Exposição de Sobral e tomou conhecimento de evento semelhante – a Festa do Bode Rei, realizada em Cabaceiras. A informação despertou seu interesse em conhecer o município e a estrutura do evento. Em junho de 2002, foi programada uma missão técnica aos municípios de Cabaceiras e Monteiro (PB), que viam na ovinocaprinocultura uma atividade capaz de criar oportunidades de trabalho para a comunidade, desde a criação de animais até o intercâmbio com outros setores como turismo e artesanato. Nessa visita, João Mota e os demais participantes ficaram encantados com a força dessa gente que, em condições menos favoráveis, buscavam oportunidades nas suas raízes de produtores rurais e pecuaristas. Ao voltarem para Tejuçuoca, já imaginavam como desenvolver um trabalho de mobilização da população, tanto rural quanto urbana, não se esquecendo das adversidades que teriam pela frente. Trabalharam e obtiveram como resultado o Projeto Tejuçuoca: mais que uma festa, uma idéia de desenvolvimento. Como foco no potencial da ovinocaprinocultura, a administração municipal conseguiu sensibilizar vários parceiros,como a Unidade de Caprinos da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa Caprinos), a FAEC, o Senar/CE, a Secretaria de Agricultura Irrigada (Seagri), o Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac), o BNB, o Banco do Brasil e a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Por meio dessas parcerias, várias ações estruturais foram realizadas, iniciando pelas capacitações em manejo, que visavam preparar os produtores para lidar com os rebanhos de forma mais profissional e, conseqüentemente, mais eficiente. Ainda em 2002 os prefeitos dos municípios do Vale do Curu foram sensibilizados para a idéia de revitalização da Associação dos Municípios do Vale do Curu e Serra de Uburetama (AMVCSU), com o objetivo de fortalecer o artesanato e o turismo no local conhecido como Vale dos Três Climas – praia, serra e sertão. Visando criar a infra-estrutura necessária para garantir a sustentabilidade do município, João Mota, trabalhava com sua equipe na articulação de ações estruturais e na mobilização de parceiros e atores locais. Verificou-se a necessidade de mapear as capacitações para contribuir com a formação do capital social necessário ao desenvolvimento do município. Até 2002 existia a preocupação com a melhoria da infraestrutura e de capacitação. No entanto, as necessidades dos setores eram identificadas de maneira aleatória, ouvindo-se as demandas dos diferentes grupos, sem uma metodologia adequada que definisse as prioridades que gerariam impacto na coletividade. Para a realização da segunda edição da Tejubode, João Mota percebeu que a estrutura física oferecida não poderia ser a mesma. Pensando assim, ainda em 2002, começou a articular com o governo estadual a construção de um parque de exposições no município. Já em 2003, ainda sem uma definição da liberação dos recursos para a construção do parque, João Mota decidiu montar a nova estrutura destinada à feira, com recursos próprios do município, e transferir a realização da Tejubode para o local onde seria construído futuramente o Parque de Exposições de Tejuçuoca. Faltando dois meses para a realização da Tejubode, que seria em maio de 2003, a prefeitura priorizou a construção de muros, o plantio de mudas, a limpeza do terreno e a preparação de estruturas provisórias para abrigar expositores e animais. Buscando criar na Tejubode um ambiente acolhedor aos visitantes, João Mota instituiu aquilo que se tornou o principal bordão da cidade, um cumprimento aos participantes da feira. Sempre que encontrava com as pessoas fazia questão de repetir: "Saudações bodísticas, meu caro amigo!" A 2ª Tejubode foi realizada em maio de 2003, no local destinado ao parque, ainda com uma estrutura mínima, montada com barracas desmontáveis de lona plástica. No 1º dia do evento, uma grande ventania derrubou três das seis estruturas montadas. A equipe ergueu novamente as estruturas danificadas. Os tejuçuoquenses com sua alegria queriam tornar a 2ª edição da feira melhor que a 1ª. E foi isto o que ocorreu, superando algumas dificuldades encontradas em 2002, com uma equipe mais experiente e melhor preparada. Logicamente, adversidades surgiram, como a indisponibilidade dos produtores do município de atender a toda a demanda de carne caprina e ovina para os visitantes que se concentravam nos dias de evento, a falta de estrutura para hospedagem dos visitantes, a ausência de restaurantes que possibilitassem condições adequadas de alimentação e a falta de experiência da equipe de trabalho na realização de eventos. Contudo, o esforço dos produtores e da equipe envolvida na realização da feira minimizou as insatisfações, evitando assim um desgaste maior. Ainda em 2003 surgiu uma nova proposta ao município, vinda de um parceiro já atuante. O Sebrae/CE e o Sistema Faec/Senar implantaram um projeto com duração de quatro anos, que objetivava contribuir para a estruturação da Cadeia Produtiva da Ovinocaprinocultura do município. A atuação do Sebrae/CE na ovinocaprinocultura, por meio do Projeto Aprisco, despertou nos municípios mais carentes um caminho para a geração de oportunidades de trabalho no campo, tornando mais profissional o manejo de animais historicamente relegados a segundo plano, mostrando ser possível e ser viável a ovinocaprinocultura no semi-árido nordestino. Em Tejuçuoca, o projeto foi estruturado ao final do ano de 2003, tendo sido implantadas as ações no início do ano seguinte. No diagnóstico para implantação do projeto, percebeu-se a necessidade de capacitar todos os produtores interessados nas áreas técnica e de gestão. As capacitações estavam voltadas para o aprimoramento de diversas técnicas (manejo sanitário, manejo alimentar, manejo reprodutivo, processamento de carne caprina), além de questões gerenciais (treinamento gerencial básico rural, consultoria gerencial, associativismo, capacitação rural e empreendedora). Pela necessidade de propiciar aos atores envolvidos no desenvolvimento da ovinocaprinocultura no município outras experiências, foram planejadas e realizadas várias viagens para conhecer lugares e eventos relacionados à atividade. Sabendo do trabalho desenvolvido em Cabaceiras, João Mota solicitou que o projeto contemplasse a viagem de produtores e profissionais do município para conhecer a cidade paraibana, bem como Monteiro. Além disso, foram realizadas viagens a Quixadá (CE) para conhecer o maior abatedouro/frigorífico de caprinos e ovinos do nordeste (Frigorífico Pé de Serra) e visitas a feiras e exposições do Ceará, como Exponorte, Expoece e outros eventos relevantes, além do PecNordeste, um seminário de difusão tecnológica da pecuária, de abrangência nacional, realizado anualmente em Fortaleza (CE).
É PLANTANDO QUE SE COLHE
Tejuçuoca tornou-se conhecida no Ceará como a Terra do Bode, mobilizando sua população para as oportunidades de negócio da ovinocaprinocultura, como desenvolvimento de profissionais para abate e preparação das mantas de carne e implantação de restaurantes especializados na carne caprina e ovina. Além disso, a ovinocaprinocultura tornou-se ícone do artesanato local. O evento Tejubode se consolidou, ocorrendo em edições anuais. A construção do parque de exposições, em 2003, possibilitou a realização mensal de feiras de animais, gerando maior integração dos produtores e compradores da região. Visando implantar uma cultura de produção de leite caprino no município, João Mota buscou inserir o produto na merenda escolar, criando canais de comercialização que viabilizassem a estruturação do setor. Entretanto, mesmo com a garantia de compra, os produtores hesitavam em investir na atividade, até então desconhecida. Para conseguir a adesão dos criadores, o próprio João Mota adquiriu alguns animais de aptidão leiteira. Era necessário também englobar o segmento produtor de carne caprina. Para isso, a prefeitura se empenhou em estruturar o abatedouro municipal, disponibilizando-o aos criadores de Tejuçuoca e oferecendo acompanhamento técnico de veterinário para garantir a qualidade da carne. Ainda assim, faltava uma estrutura para o processamento dessa carne. Foi então que a prefeitura buscou o apoio da Embrapa Caprinos, que desenvolveu um projeto-piloto aprovado e financiado pelo BNB para implantação de três unidades de processamento de carne caprina, dentre elas a de Tejuçuoca. Em junho de 2006, a carne passou a ser processada no próprio município, abastecendo a merenda escolar e evitando a importação de produtos de outras regiões do País, com sua aquisição viabilizada com recursos da Conab.
A MULTIPLICAÇÃO DOS BENEFÍCIOS
Com a realização das duas primeiras edições da Tejubode, respectivamente em 2002 e 2003, vários resultados foram alcançados, contribuindo para significativas mudanças econômicas e sociais em Tejuçuoca. A construção do parque de exposições foi uma conquista da população. Considerado um dos melhores do Estado do Ceará, tinha capacidade para receber 20 mil visitantes e funcionava como sede do evento e de outros projetos desenvolvidos no município. Observou-se uma visível melhoria da renda local, constatada pelo número de estabelecimentos comerciais e pequenos empreendimentos locais (restaurantes, armazéns, magazines, pousada, segmento), que cresceu em torno de 60% no período compreendido entre a realização da 1ª e da 2ª edição do evento. Viabilizou-se a realização de cursos em parceria com o Sebrae/CE e a Secretaria Estadual de Educação Básica (Seduc) para engajar os adolescentes em ações empreendedoras voltadas à conscientização acerca do 1º emprego, trabalho e renda. Um posto de atendimento do Banco do Brasil tornou-se agência, ampliando o acesso dos moradores a serviços financeiros. Houve um aumento do número de artesãos acompanhados pelo poder público e engajados em programas de crédito para a aquisição de matérias-primas e comercialização de seus produtos. De 87 artesãos atendidos em 1998, o número passou para 207 cadastrados em 2006, com cargas horárias semanais. Valorizou-se a culinária regional, à base de carne de bode, com a implantação de um restaurante-escola. Além disso, foram capacitados 22 proprietários de pequenos restaurantes e bares e foi financiada a ampliação de pequenos comércios no município e no distrito de Caxitoré. Também foi instalado em Tejuçuoca um curtume que viabilizou o resgate da cultura do couro de bode na confecção de bolsas, cintos, chapéus e acessórios de moda, beneficiando 25 artesãos. Além disso, numa parceria com a Universidade Estadual do Vale do Acaraú (UVA), foi criada a Faculdade de Zootecnia, com curso de duração de três anos, que funcionava no espaço do parque de exposições todo final de semana. Direcionada a criadores de rebanhos de ovinos e caprinos, a faculdade visava capacitar 50 produtores e criadores dos municípios da região do Vale do Curu. O Projeto Aprisco beneficiou diretamente 80 produtores, acompanhados de um agrônomo, um veterinário e técnicos agrícolas, profissionais disponibilizados exclusivamente para esse fim por meio da parceria com o Sebrae/CE, a FAEC e o Senar. A criação da Associação de Produtores e Criadores de Ovinos e Caprinos do Vale do Curu gerou benefícios imediatos a 35 empreendedores. No âmbito social, parceria com a organização não governamental (ONG) Associação de Ação e Cidadania Roque Silva viabilizou a implantação de um projeto voltado à geração de renda e acompanhamento psicossocial de adolescentes entre 15 e 17 anos em situação de risco. Os beneficiários foram capacitados pelo Sebrae/CE e passaram a produzir peças bordadas a mão, brinquedos e objetos de madeira voltados para os turistas que visitavam o município e outros mercados como o de Fortaleza e centros urbanos das regiões Sul e Sudeste do País. Os adolescentes recebiam uma bolsa de incentivos e eram acompanhados na escola. A partir deste grupo, 40 jovens passaram a formar grupos de produção. Outros grupos especializados na produção de peças em patchwork6, bordado a mão e fabricação de bonecas artesanais foram organizados nas comunidades de Retiro, Monte Carmelo, Laura Muquém e Açude, beneficiando 42 jovens. Foi implantado ainda um grupo de aprendizagem para confecção de bonecas de pano que atendeu 30 adolescentes na comunidade de Açude e 20 adolescentes da comunidade de Monte Carmelo, todos capacitados pelas bordadeiras e por uma artesã local fabricante de bonecas. Enfim, para registrar a importância da ovinocaprinocultura no município, foi apresentado em 2004 o projeto de Lei na Assembléia Legislativa do Ceará, aplicando ao município o título de Capital Cearense do Bode.
MUITAS CONQUISTAS, MAS OS DESAFIOS CONTINUAM
A consolidação do evento Tejubode refletiu o esforço e a realização de diversas ações por parte das instituições parceiras comprometidas, a fim de fortalecer a participação coletiva, a integração da sociedade, o reforço à responsabilidade compartilhada de cada morador pelo desenvolvimento do município. A interligação entre os vários segmentos da cadeia produtiva foi fundamental para o alcance deste objetivo. Os produtores tornaram-se multiplicadores da idéia, atraindo, assim, novos parceiros, além de despertar o interesse dos municípios vizinhos em investir no mesmo modelo de mobilização e organização do setor que consistiu em primeiro planejar e depois sensibilizar os parceiros. Durante as edições da Tejubode e as feiras de animais mensais, procurou-se disseminar as técnicas utilizadas e tornar mais forte a cultura do caprino e do ovino na comunidade, apresentando-a como uma alternativa de melhoria da renda não só no meio rural, mas também na zona urbana, por meio da agregação de valor, da gastronomia, do artesanato e do turismo rural. A Tejubode passou a fazer parte do calendário oficial de feiras agropecuárias do Ceará. Foi a consolidação de um evento que construiu novos rumos para o progresso do município, tornando-se um instrumento de desenvolvimento continuado e sustentável da população. Tejuçuoca ainda tem desafios para superar, como o baixo nível de renda da população, a necessidade de desenvolvimento de atividades que contribuam para a agregação de valor aos produtos da região e um maior profissionalismo nas atividades rurais desenvolvidas no município. Assim, seria necessário um trabalho futuro contínuo para o constante desenvolvimento do território e de sua população.

LINK: http://www.casosdesucesso.sebrae.com.br/casosucesso/casosucesso_item.aspx?Codigo=293

domingo, 31 de maio de 2009

FECOPAT

FECOPAT
FEIRA DA COMUNIDADE PADRÃO DE TEJUÇUOCA

O que é a FECOPAT?
A Fecopat – Feira da Comunidade Padrão de Tejuçuoca é promovida pela Prefeitura Municipal de Tejuçuoca, através das Secretarias Municipais do Trabalho e Ação Social; Saúde; Educação; Desenvolvimento Econômico, Turismo, Cultura e Desporto; Desenvolvimento Rural; Obras e Urbanismo; Administração e Finanças e Câmara Municipal.
Quem criou a FECOPAT?
A FECOPAT foi criada na administração do ex-prefeito João Mota e até hoje é uma referência no município de Tejuçuoca.
Qual a finalidade da FECOPAT?
A Fecopat – Feira da Comunidade Padrão de Tejuçuoca tem como finalidades principais: Desenvolver o intercâmbio sócio-cultural e desportivo entre os munícipes de Tejuçuoca, Proporcionar a confraternização entre os trabalhadores e as nossas crianças e adolescentes, estimulando a prática cultural, social e esportiva e o surgimento de novos valores no cenário municipal, Exaltar a prática da intersetorialidade como instrumento imprescindível para superação de demandas sociais e a melhoria da qualidade de vida de nossas crianças e adolescentes, Estimular as boas relações entre as comunidades, principalmente com os diversos segmentos sociais e a codificação de gênero e identidade étnica, superando os obstáculos através das apresentações culturais.
Quais as comunidades e localidades que participam da FECOPAT?
A Fecopat – Feira da Comunidade Padrão de Tejuçuoca é dividida em duas categorias, intituladas de A e B, de conformidade com a estrutura escolar existente na localidade e número de habitantes. Fazem parte da categoria A, as localidades de Açude; Alegria; Barra; Logradouro; Malaquias; Monte Carmelo; Retiro; Riacho das Pedras; Umari; e Vertentes. E da categoria B, as localidades de Boa Ação; Caiçara I; Caiçara II; Jardim; Laura; São Bento e Venâncio.
Quais as atividades as comunidades apresentam?
Números artísticos e culturais sobre o tema escolhido pela organização, Teatros até 09 minutos, Literatura de Cordel, Dança até 15 minutos, Ornamentar e equipar uma barraca no local do evento e Apresentar a sala de situação com os indicadores sociais.

Reportagem do Jornal Diário do Nordeste
Caderno de Turismo - 01/05/2009

Modo de vida no campo na Luz do Sol

Tejuçuoca, no Vale do Curu, conhecida pelos mistérios que se escondem nas grutas do Parque Ecológico Furna dos Ossos, tem como opção a Fazenda Hotel Luz do Sol, instalado no distrito de Retiro, a 23 quilômetros da sede do município.
Inaugurado no ano de 2000, o equipamento hoteleiro faz parte da Fazenda Retiro, da família do patriarca João Estêvão Mota. Foi desta fazenda que nas últimas décadas do século passado teve início a formação do distrito de Retiro, que conta atualmente com quatro mil habitantes. Nos últimos anos, a Luz do Sol vem recebendo grupos para passarem o dia em contato com a natureza. Alemãs, holandeses, franceses, espanhóis e cearenses já experimentaram o prazer do turismo rural. Outro grande público da fazenda hotel são estudantes oriundos de várias escolas de Fortaleza e de outras cidades cearenses que vão até a fazenda praticar uma verdadeira ´aula de campo´.
Na Luz do Sol, onde a harmonia caminha entre o sertão e a cidade, os visitantes têm a oportunidade de conhecer projetos como o aprisco (criação de bode) e o projeto mandala (sistema integrado de produção de alimentos). A Fazenda Hotel está encravada numa área de 150 hectares da propriedade rural, com oito apartamentos para hospedagem, com ar, TV e frigobar, restaurante com farta comida regional, no qual ovinos e caprinos são os pratos principais.
São diversas as opções para quem quer manter contato com a vida do campo. Lá é possível andar a cavalo, passear de charrete, ordenhar cabras e vacas, saborear sucos de frutas da época colhidas no pomar da fazenda, visitar hortas, plantações de mandioca e de plantas medicinais e conhecer o minizoológico, com espécimes exóticas como avestruz, ema, tejo (grande lagarto sertanejo do qual surgiu o nome da cidade) e peba (ou tatupeba). O local apresenta, ainda, piscina, sala de jogos e quadra de esportes.
Guto Mota, um dos administradores da Luz do Sol, explica que para estudantes, grupos de melhor idade e grupos e excursões, a Fazenda Hotel apresenta uma programação específica de dois dias. No primeiro dia pela manhã, o grupo vista a Farmácia Viva e conhece algumas plantas medicinais; em seguida, almoça no restaurante regional. Após o almoço, há apresentações diversas como danças regionais e forró pé-de-serra. O resto do dia é livre para andar de charrete e visitar as dependências da fazenda.
No segundo dia, a turma é convidada a acordar cedinho, por volta da 5h30 da manhã, para tirar leite de vaca e de cabra. Após o café, todos seguem para o Parque Ecológico da Furna dos Ossos. ´É bastante divertido, pois o visitante conhece o verdadeiro modo de vida no campo´, ressalta Guto Mota. A Luz do Sol opera com regime de diárias com direito a café da manhã e em feriadões e fins de semana pratica o sistema de pensão completa.
Para chegar a Tejuçuoca, o melhor acesso a partir de Fortaleza é pela BR-222 até Croatá e de lá seguir pela CE-341. Em Tejuçuoca, observar as placas que indicam a estrada para o distrito de Retiro.

SAIBA MAIS
Fazenda Hotel Luz do Sol
Retiro - Tejuçuoca
Informações: (085) 3323.2011 e 3219.1770
E-mail: tejubol@hotmail.com

OUTRAS REPORTAGENS
Reportagem Diário do Nordeste - Caderno Turismo - 01/05/2009

Reportagem Diário do Nordeste - Caderno Turismo - 01/08/2008
http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=559670

Personalidades - Vereador Kadete

José Noberto Rodrigues da Silva (Kadete), jovem, simples, amigo e trabalhador, assim era o Kadete, que, voltando de Fortaleza, onde trabalhava em uma oficina de carros, estabilizou-se em sua terra natal Tejuçuoca, como motorista de Prefeitura, casando-se com a jovem Rosimeire Alves da Silva (Rosa Kadete) e assumindo aos 19 anos, o papel de chefe família; logo após, recebeu o convite para trabalhar como motorista da ambulância, passando então a ser uma peça fundamental no desenvolvimento e atendimento da saúde no município, principalmente daqueles que precisavam ser transportados para outro município, tarefa esta que Kadete exercia incansavelmente. Para ele não tinha dia, nem hora para socorrer uma pessoa doente, fazendo questão de acompanhar os pacientes, marcando desde a consulta, exames, internação, cirurgia verificando se estavam bem até sua alta dada pelo médico, quando os trazia para casa. Por essas ações, ganhou a simpatia do povo e tornou-se um dos vereadores mais votados do município. Em 20 de outubro de 2002 sofreu um acidente automobilístico que o levou a morte, prematuramente, aos 35 anos de idade, deixando eterna saudade na população tejuçuoquense.

Associação de Ação e Cidadania Roque Silva Mota (AACRSM)

A Associação Beneficente Roque Silva Mota (ABRSM), foi fundada em 03 de julho de 1982, como uma organização sem fins lucrativos, com sede em Retiro, comunidade pertencente ao então Distrito de Tejuçuoca, no município de Itapajé (CE) e surgiu a partir das discussões entre um grupo de moradores que se sentiam desassistidos pelo poder público municipal.
Mesmo após a emancipação política de Tejuçuoca, em 1987, a ABRSM deu continuidade ao seu trabalho social na região, que passou a se chamar Distrito de Caxitoré. Recentemente, em abril de 2003, a Associação vivenciou um processo de discussão e avaliação de sua atuação e a conseqüente revisão de seu estatuto, o que culminou na decisão pela adequação de sua denominação e finalidades de atuação junto à comunidade, passando a se chamar Associação de Ação e Cidadania Roque Silva Mota (AACRSM).
A Associação de Ação e Cidadania Roque Silva Mota – AACRSM, é uma organização sem fins lucrativos, cujo o objetivo principal da Associação de Ação e Cidadania Roque Silva Mota é a melhoria da qualidade de vida da população local através do resgate das tradições e da redução das desigualdades sociais.
Projetos já implantados:
• Casa da Bordadeira Atendendo a 250 famílias, com ações de geração de renda através do resgate do artesanato e geração de renda; este projeto existe a 11 anos.
• Projeto TECNOMODA no Semi-árido, com 30 jovens/ano, criando moda inspirada no modo de viver dos habitantes do semi-árido. O mesmo foi financiado pela BRAZILFOUNDATION.
• Projeto Geração Futuro Hoje que beneficiou nos anos de 2003 a 2006, 85 famílias do distrito de Caxitoré, no combate a desnutrição infantil. Parceria com o Instituto da Infância – IFAN.
• Projeto Bordando o Saber na Praça (Bordadeiras)
• Projeto Florescer - Bordado a Mão e Oficina de Brinquedos de Madeira Reciclada (35 Adolescentes)
• Sala de Informática - Projeto Florescer
• Grupo de Teatro e Dança
• Grupo de Idosos
• Quadra de Esporte

Mapa de Tejuçuoca

Equipamentos Sociais de Tejuçuoca

Sede de Tejuçuoca
• Prefeitura Municipal de Tejuçuoca
• Câmara Municipal de Tejuçuoca
• Mercado Público
• Matadouro Público
• Fórum
• Casa de Apoio (Local e em Fortaleza)
• 04 praças
• Delegacia
• Água encanada em 94% das residências
• Energia Elétrica em 96% das residências
• Parque de Exposição Joãozão
• 03 Quadras Esportivas Cobertas
• Casa da Cultura
• Ilha Digital
• Secretarias Municipais (Saúde, Educação, Ação Social, Obras, Finanças, Agricultura, Turismo e Cultura)
Educação
• Centro Interescolar
• Escola Pública Municipal de Ensino Fundamental
• Núcleo de Educação Infantil
• Creche
• EJA – Educação de Jovens e Adultos
• Núcleo de Educação de Jovens e Adultos
• Escola Pública Estadual de Ensino Médio
Saúde
• 01 Hospital
• 06 Postos de Saúde
• 04 Centros de Saúde
• 10 Consultórios Médicos
• 04 Consultórios Odontológicos
• 08 Unidades de Saúde da Família
• Farmácia Viva
• Centro Recuperação Nutricional
• Posto de Atendimento/ Endemias
• CAF - Central Abastecimento Farmacêutico
• Centro de Fisioterapia
Desenvolvimento Social
• PETI
• Agente Jovem (grupo)
• Projeto PROJOVEM
• Grupo de Idosos
• Grupo de Pessoas com Deficiência
• Brinquedoteca
• Projeto de fábrica de Jeans
• Projeto de fábrica de Vassouras
• Conselho Tutelar da Criança e Adolescente
• Conselho Municipal dos Direitos da Criança e Adolescente
• CRAS – Centro de Referência da Assistência Social alugado.
• Conselho Municipal de Assistência Social
• Conselho Municipal de Saúde
• Conselho Municipal de Educação
Entidades e Comércio
• Associação Beneficente Antonio Eufrásio Sobrinho
• Associação Comunitária do Município de Tejuçuoca
• Associação Comunitária São Pedro
• Federação das Associações dos Municípios
• Sindicato dos Trabalhadores Rurais
• Sindicato - SINTRAF
• Câmara dos Dirigentes Lojistas-CDL
• Igreja Evangélica e Católica
• Pastoral da Criança
• Pousada
• Comércio
• Lan House
• Posto do Banco do Brasil
• Posto de atendimento da COELCE
• Posto de atendimento da CAGECE
• Cartório de Notas e Ofícios
• Agência Lotérica
• Cobertura de telefone fixo
• Cobertura de energia elétrica
• Agência dos Correios
• Posto de Gasolina
• Rádio Comunitária (Associação Comunitária São Pedro)

Personalidades - Manoel Andrade de Sousa

Manoel Andrade de Sousa, primeiro vereador do distrito de Tejuçuoca, que na época pertencia a Itapajé, atendendo ao pedido do povo e pensando na população carente, resolveu candidatar-se a vereador, para ajudar no progresso do distrito. Foi eleito pela primeira vez em 1945, sendo reeleito por mais dois mandatos consecutivos, através dos quais conseguiu alguns benefícios, dentre eles: a organização das ruas da sede do distrito, através do alinhamento das ruas e construções; nomeação de professoras para o distrito de Tejuçuoca e demais localidades; junto com as demais lideranças, conseguiu um motor que fornecia energia elétrica para a comunidade, das 18:00 as 22:00 horas. Quando deixou de concorrer a cargos políticos se dedicou ao seu comercio, que na época vendia tecidos, utilidades em geral e gêneros alimentícios. Continuou líder político até seu falecimento, em 05 de outubro de 1992, de ataque cardíaco, que por coincidência de destino foi no dia em que saiu o resultado da eleição para prefeito, realizada pela segunda vez em Tejuçuoca.

Hino de Tejuçuoca

Hino do Município de Tejuçuoca

Tejuçuoca nossa querida terra
O teu nome encerra
Um grande valor
Tejuçuoca nossa terra querida
Tu és nossa vida tu és nosso amor.
Tejuçuoca o teu nome vibra
Com todas as fibras
De seu coração
E nós queremos te ver progressista
Com grandes conquistas, oh! Caro torrão.
Tejuçuoca cidade tão bela
Como se fosse a tela de um grande pintor
Tejuçuoca terra idolatrada
Tu és nossa amada com todo vigor.
A tua origem de tribos indígenas
Se torna mais digna, te faz mais viril
Teus nobres filhos te emanciparam
E te consagraram terra varonil.
Os teus produtos, algodão e mel
Te deram o troféu de grande celeiro
A nossa fé te resuma nisto
São Pedro, por Cristo o teu padroeiro.

Letra e Música: Raimundo Nonato Cipriano

Personalidades - Mamede Rodrigues Teixeira

Mamede Rodrigues Teixeira, primeiro líder político de Tejuçuoca, comerciante, nascido em 1910 na localidade de Cacimbinha, filho de agricultores, tinha um idealismo originário que o levou á liderança local. Apesar de sua força política de induzir as pessoas a o acompanharem nas campanhas, Mamede Teixeira nunca quis ser candidato a qualquer cargo político, mas sempre procurou ajudar o povo, pois seu comercio costumava dar crédito aos agricultores durante os meses de inverno e estes lhe pagavam após a colheita da safra. Por gratidão e amizade, o povo o seguia politicamente. Assim viveu Mamede Rodrigues Teixeira, sempre humilde e solidário com todos, vivendo o sonho da emancipação de Tejuçuoca. Infelizmente não chegou a ver seu sonho realizar-se, pois faleceu em 19 de setembro de 1971.